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Asseclas

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

citando a letra de um blues protegido por um wayfarer sem chapéu

Andei fumando uns cigarros e cogitando a possibilidade de integrar um wayfarer ao meu estilo. Isso tudo me levou a reler alguns parágrafos de On The Road, o que me fez pensar também em absorver o Pé na Estrada no original. Dessa maneira eu tentaria captar exatamente o que Kerouac adjetivava à Marylou, a namorada gostosa e estúpida de Moriarty.

Puxa vida! tem séculos que não leio nada. Tenho um parceiro chamado Fritizing Crumble, ele vem há algum tempo prometendo me aplicar em alguns clássicos. Para me salvar mesmo dessa escuridão. Segundo ele, por ser eu ainda um analfabeto perdido das veredas do Grande Sertão. Eu tentei salvá-lo de ser um analfabeto beat mas ele andava ocupado se graduando e não leu Os Vagabundos Iluminados que emprestei. Agora letrado, o safado vem se fartando no Bukowski e coletando idéias absurdas para se tornar um doutor. Uma vez doutor, ele acabará escapando, eu espero, de se tornar escritor para orelhas de livros alheios.

Ainda cogitando sobre experimentar um wayfarer ao espelho e compor um estilo Blues Brothers sem chapéu, sigo com a peleja de decorar os modos gregos, porque sempre me disseram para buscar algo mais. A vida tem algo mais, Arnaldo B. Mutante. E me mantenho nessa linha, mesmo sabendo que o algo a mais é inesgotável, isso por que me ensinaram (quando cursei incompletamente Design Industrial) que less is more.

Ora bolas! Há tempos escrevi uma letra para um blues que não consigo musicar:

enquanto o planeta se contorce
nessas manhãs que ninguém sabe de onde vem
eu pago caro essas noite insones
de pactos sem sangue
que me fazem tão bem

queria ter um barril
quem sabe de rum
quem sabe de pólvora...

e até me bastava um cantil
um terço de rum
dois terços de vodka
sem gelo...

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